Nove anos antes do dia 25 de abril de 1974 e da Revolução dos Cravos, já o aguedense Manuel Alegre escrevia sobre um país que não vinha nos livros de História, um país que ainda residia somente no sonho do poeta que, ao sonhá-lo, o tornava real e presente. Profeticamente, chamou-lhe “País de Abril”, descrevendo uma espécie de primavera que, com esfuziante alegria, viria pôr fim a décadas de um inverno de opressão e tristeza.
Foi com “Explicação do País de Abril” que teve início, no dia 25 de outubro, mais um serão de “Sainhas com Poesia”, este ano – por conta dos 50 anos do 25 de Abril –, dedicado aos poetas que melhor cantaram a liberdade. Uma noite repleta de poemas de resistência e oposição ao regime, versos de denúncia, lamento e protesto, gritos de apelo à mudança, mas também canções de amor, de esperança e de fraternidade.
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