Reunião ordinária pública

Assembleia dos Jovens em fase de crescimento

Vagos
Emidio

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A sala de reuniões da Câmara Municipal de Vagos acolheu, na manhã do passado dia 21 de julho, mais uma reunião ordinária pública. Em discussão estiveram temas prementes como a proposta de funcionamento da Assembleia Municipal Jovem, o parque de estacionamento de autocaravanas ou os postos de saúde de Covão do Lobo e Gafanha da Boa-Hora.


No período antes da ordem do dia, Maria do Céu Marques começou por questionar o executivo sobre os contentores adquiridos pela autarquia. “O que é que o senhor presidente fez aos contentores que comprou”, lançou. Silvério Regalado respondeu que “está prevista a colocação de mais 350 contentores até ao final deste mês e depois os outros todos até setembro. Enquanto isso não acontecer, os contentores que adquirimos estão a ser utilizados. Depois, dali, seguirão para o lixo porque muitos deles já são lixo… por isso é que nós os comprámos quase de graça e só os comprámos porque, se não o fizéssemos, ficávamos sem contentores na transição da Luságua para a Veolia. Mas ainda estão a ser utilizados e é essa a resposta à sua pergunta”. Já os substituídos, esclareceu o edil, foram os da “EN 109, em Vagos e da praia da Vagueira”.

O parque de estacionamento de autocaravanas esteve também em discussão, com a vereadora da oposição a começar por agradecer o envio de informações. “Dos elementos que pude avaliar, aquilo tem tido uma avaliação muito residual”, declarou, na expectativa de que o protocolo com a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal possa corrigir a situação. “Andei a averiguar e parece-me que o sistema não é muito feliz. A quantidade de informação que é preciso verter é completamente desnecessária”, acrescentou a vereadora da oposição, salientando que o Vagasplash tem um processo bem mais simples. Em resposta, o vice-presidente João Paulo Sousa explicou que “essa situação do preenchimento tem a ver com dados estatísticos. Não quer dizer que não se possa simplificar e aquele registo também só é feito uma vez. Mas realmente é muita informação…” com Silvério Regalado a reforçar que “há dados que têm de ser preenchidos, até por uma questão de segurança nacional”. O vice-presidente voltou a recordar que o parque é de estacionamento de caravanas “de 3 dias, no máximo, que as pessoas podem pernoitar. Não é um parque onde as pessoas abrem as tendas e ficam por ali”. Outra das queixas da oposição prendeu-se com o horário com João Paulo Sousa a indicar que está a ser estudada a possibilidade de o parque ficar aberto durante 24 horas.


Falta de recursos na saúde

Numa terceira questão, Maria do Céu Marques questionou “o que é que o município fez para que os fregueses de Covão do Lobo e Gafanha da Boa Hora possam voltar a ter médico e Centro de Saúde”. “Diz a senhora vereadora que não é só imputar responsabilidades ao Estado. Na saúde? É, é. Nós não temos nenhuma competência em matéria de saúde”, respondeu o edil. “Já se chegou ao ridículo de manifestarem a indisponibilidade de abrir o posto de Gafanha da Boa-Hora por falta de uma assistente técnica. Nós oferecemos a possibilidade de colocar uma assistente técnica nossa para suprir essa necessidade e não pode ser aceite, tem de pertencer aos quadros do Ministério da Saúde. No caso de Covão do Lobo, depois de pedido pelo ACES Baixo Vouga, a Junta de Freguesia fez obras no posto médico e… até hoje. Estão lá 30 ou 40 mil euros em obras e, até hoje, não abriu”, respondeu o edil.

A centrista respondeu que, após consulta da atividade dos deputados eleitos por Aveiro, “nesta matéria apenas vejo um requerimento à Ministra da Saúde sobre a falta de médico em Arões, Junqueira… não vejo nada”. O presidente do executivo recordou a visita de deputados do PSD ao posto médico de Covão do Lobo, em março de 2021, apontando que o social-democrata Bruno Coimbra já colocou essa questão, nessa altura, numa audição parlamentar.


Assembleia Municipal Jovem vai nascer

Aprovado por unanimidade ficou a proposta das normas de funcionamento da Assembleia Municipal Jovem. Reunião que irá decorrer em moldes similares à atual Assembleia Municipal, com Rui Santos a estender os trabalhos de presidência ao novo órgão, e que pretende “incentivar os jovens a ter uma participação ativa. Na comunidade escolar, na freguesia, no concelho”, como apontou Pedro Bento. O espaço está reservado para alunos do Secundário, com um total de 25 alunos provenientes de cada uma das instituições escolares do concelho - Secundária de Vagos, Colégio de Calvão e EPADRV. “Não é um orçamento participativo mas permite que os alunos possam apresentar ideias para desenvolver”, indicou o vereador. Projetos que serão analisados face a alguns critérios definidos e que poderão vir a ser implementados.

Durante a sessão foram ainda aprovados dois subsídios: um de 700 euros à AD Vagos Núcleo, para a realização de um meeting de desporto adaptado, e um de 1.000 euros à Always Young para a realização do torneio de futebol de praia.



Recolha de lixo posta em causa

Alexandre Marques, vice-presidente do CDS/Vagos, recorreu às redes sociais para denunciar, no dia 15 de julho, a acumulação de lixo nos contentores em Ouca, Ponte de Vagos, Santa Catarina e Calvão. “Mas que é que se passa na Câmara de Vagos? Onde está o peso negocial da Câmara? Será falta de pagamento? Ou atrasos nos pagamentos? Porque se escusa o executivo camarário da sua responsabilidade?”, lançou Alexandre Marques. Recorde-se que, na última Assembleia Municipal datada de 24 de junho, Silvério Regalado reconheceu algumas falhas no serviço. “Tem havido atrasos na recolha que se devem à existência de menos quatro recursos humanos na empresa mas nós já demonstramos insatisfação e estão a repor a normalidade”, indicou o edil na altura. Já durante a reunião ordinária que decorreu no passado dia 21 de julho, o presidente do executivo recordou que “aquilo que disse na última Assembleia Municipal foi que, desde que esta empresa está ao serviço, não me recordava de nenhuma sessão em que o CDS ou qualquer outro partido tivesse colocado questão sobre resíduos sólidos urbanos. E dei-me ao cuidado de ir ver, ata por ata, e nunca foi colocada essa questão… até à última assembleia municipal. Claramente, há uma falha que se deve à falta de recursos humanos que a empresa teve. Já tivemos uma reunião esta semana e temos, por escrito, uma solução da empresa para suprir as falhas que tem havido na recolha de resíduos sólidos urbanos e, portanto, estamos a acompanhar a situação e até ao final do mês, a situação estará regularizada”. “Falhas todos temos, é preciso é que elas não se prolonguem no tempo”, terminou.

No dia 29 de julho, o PS/Vagos também aproveitou as redes sociais para denunciar falhas nas recolhas destes resíduos com uma publicação onde se podem ver vários contentores de lixo a abarrotar e ainda vários sacos no chão, encostados. Fotografias que, segundo a publicação, “foram todas captadas na União de Freguesias de Vagos e Santo António”.

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